sábado, 11 de abril de 2009

01 de Abril - quarta

Peguei a maior chuva da minha vida pra ir pra escola, ta chovendo faz 3 dias e não pára. tem algumas regiões mais afastadas de Sydney que estão alagadas. Na estação de metrô a Simone comprou um guarda-chuva pra nós, mas a essa altura até minha cueca tava molhada, e ainda tinha um dia inteiro de aula.

Fiz amizade com mais dois chineses e um alemã chamada Steffi, um deles se chama Ethan e o outro Justin. Eu tive que perguntar What the fuck are this names. Eles me explicaram que todos os orientais escolhem um nome para usar no ocidente, pq ninguém consegue dizer o nome deles. O Ethan, por exemplo, se chama (algo como) Etxan, e por sonoridade escolheu Ethan.

Encontramos com o Gianni de novo e ele nos apresentou mais intalianos, continuo com a minha opinão sobre os brasileiros.

31 de março - terça

Primeiro dia de aula, tive que me apresentar, é tudo em inglês, e entrei numa turma que já estava andando, mas foi bem.
tenho colegas da Hungria, China, Coréia do Sul, Peru, Macedônia, Tailândia, e uma brasileira. Minha cabeça está quase fundindo pra acompanhar, quando eu quero falar é que complica mais, para entender é muito tranquilo.

Por falar em brasileiro, a galera patifa muito por aqui, por isso brasileiro tem o filme queimado

Depois do almoço trocamos de professor, e de matéria, fomos para aula de debate. A turma (que já é diferente da primeira e a Simone é minha colega) foi dividida em duas e nós tivemos que ler alguns textos e discutir em grupo para depois abrir o debate contra o outro lado. A discussão foi boa, mas tinha horas, quando esquentava que dava vontade de falar em portugês porque em Inglês as palavras fugiam da boca.

30 de março - segunda

Hoje tivemos teste na Escola para ver em que nível vamos ficar, foram 60 perguntas de multipla escolha e tinha que escrever um textinho sobre as expectativas e percepções da Austrália. Terminado isso teve um café da manhã e uma volta na quadra pra conhecer a cidade. A cidade a gente já conhecia, mas acabamos conhecendo 3 chineses (e o mais incrível é que eles nem são tão iguais assim) a Claire, o Kevin e a Tiffany. Desconfiei um pouco desses nomes.

Acabei ficando no Lelvel 5 (bem acima do que eu esperava) e a Simone ficou no 6. O horário é meio desgraçado, começa 8:30, tem intervalo as 10:00, às 12:00 e termina 14:30.

Conhecemos um italiano chamado Gianni, muito gente fina (impressionante como eles são mais parecido conosco do que os brasileiros, isso sustenta minha teoria que nós gaúchos não pertencemos àquele país) mas que não fala nem bom dia em inglês. A comunicação realmente é um milagre, nos entendemos superbem, Mezzo ittaliani half in english.

29 de Março - domingo

Fomos perto do meio dia pra Bondi, tem ficado cada dia mais frio, de manhã cedo e a noite tem que ter casaco. A praia tava cheia, gente do mundo todo, de todas as idades, e nem aí umas pras outras. Tomei um banho de mar e me arrependi muito, a água do mar da tasmânia é muito gelada, tava em torno de 18º. Acho que só os europeus estavam tranquilos ali.

Acho que ainda não contei como é a nossa casa, então lá vai:
A casa é um sobrado em Redfern, bairro próximo a City (centro), bem pertinho da estação central de trem. Por dentro parece uma pousada, com vários quartos, o nosso e um outro ficam no pátio da casa, mais próximo os 3 banheiros.
Aqui moramos nós, o Rica, amigo da Simone, a Vanessa e o Ismael, mais outro casal de brasileiros, daí começa a torre de Babel - dois Egípicos chamados Ahmed Mido (sim eles tem o mesmo nome, e parece que mais 40% da população muçulmana tbm), um francês chamado Anthony de apelido Sam, um tcheco chamado Karel - que parece não ter emoções, o rosto dele não muda nunca, mas é gente finíssima e um Russa chamada Nelly, que quase não aparece.

28 de Março - sábado


Festival Grego

Darling Harbour é um centro cultural e gastronômico de Sydney, sempre tem alguma coisa de diferente acontecendo e nesse fim de semana era o festival grego. Tinham várias barracas com comidas típicas, trajes, tinham até apresentações. Foi interessante, mas meio chato, ainda bem que o lugar é muito lindo.

27 de março -sexta


Pic NIc no Hyde park

Acordamos tarde e ficamos um pouco em casa, as pernas já estão doendo de tanto caminhar. Combinamos um pic-nic com a Carol e com a Vanessa, nossas flatmates, ficamos de papo a tarde toda no Hyde Park. Me disseram que o Hyde Park daqui é uma homenagem ao Hyde de Londres e que as ruas da praça formam as linhas da bandeira da Grã-Bretanha.

Ficar no Hyde Park é bem interessante, porque ele é bem central e as pessoas ficam ali curtindo o dia, tomando café no intervalo do trabalho, levando uma vida ao ar livre. Imaginem um parcão no lugar onde fica a praça da Matriz, é mais ou menos assim.

A gente saiu do parque e fandou umas duas quadras até o Queen Victoria Building - QVB - , que segundo Marc Jacobs é o shopping mais charmoso do mundo. É bem impressionante mesmo, ele foi todo construido em um antigo castelo, mantendo vários ítens da arquitetura original.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

26 de março - quinta


Watsons Bay

Último dia de red weekly, aproveitamos para ir até Watsons Bay. O Ferry que leva até lá é uma lancha muito legal e a viajem é um pouco mais longa, deve dar uns 15 minutos, é ótimo para curtir a paisagem. A propósito os ferrys são um meio de transporte superutilizados por aqui e não é só para turismo, que mora em Manly, que fica no norte, usa diariamente, porque de vir de carro é muuuito mais demorado.

Esse dia não foi o caso, mas nos outros ferrys em que a gente andou, chega a ser chato a quantidade de japonês e chinês tirando foto. Eles tiram fotos de tudo, TUDO, até bandeira rasgada. Tenho certeza que eles só vão ver Sydney quando chegarem em casa e descarregarem os cartões de memória. E é muito engraçado ver eles andando nas ruas com sacolas enormes, uma com a câmera, outra com as lentes para trocar e com o tripé amarrado nas costas.

Bom, voltando a Watsons Bay, é um lugar de milhonários, com bares à beira mar, dá muita vontade de ficar morando por lá. Conhecemos um cara, australiano que ficou batendo um papo de quase uma hora com a gente, acho que foi o primeiro assie que vimos na australia. Uma pessoa interessantíssima, e com um inglês dificil de entender, mas quando a coisa aperta a gente parte para a mimica (funciona sempre).

25 de Março - Quarta



Yaioy Kusama Maroubra

Como não conseguimos ver tudo no primeiro dia, resolvemos voltar ao Contemporary Arts Museum, tá rolando uma exposição de uma japonesa bem louca chamada Yaioy Kusama. Ela trabalha com pinturas, esculturas, instalações, tv, na verdade faz de tudo um pouco.

Todas as peças são bem características, ela trabalha muito com dots (na tradução literal seria pontos, mas tbm pode ser pequenos círculos), existe uma câmara de espelho (todos os lado, incluindo teto e chão) com diversas luzes coloridas de natal pinduradas e tu entra por uma passarela, é de ficar desnorteado com o reflexo infinito.

Outra coisa legal que me chamou atenção, foi o fato de ter diversos grupos escolares no museu, parece muito que viver o que a cidade oferece faz parte da cultura deles e as criaças, com seus uniformes ridiculos com gravatas e boinas, pareciam bem interesadas. O povo daqui é bem educado, a não ser quando sai pra beber.


A Julinha, minha dupla do tempo de DCS, tinha me dito que havia morado em Maroubra, uma praia mais para o Sul de Sydney, como a gente tinha comprado uma passe semanal para todos os tipos de transporte, fomos até lá conhecer.
Maroubra é linda, é um pouco mais como as praias que a gente está acostumado, com um pouco mais de verde, ou melhor com um pouco menos de urbanização, vale muito o passeio . Para voltar de lá pegamos um bus até a City e um Metrô até a central

Na estação de trem perto de casa tem uma livraria com descontos de até 90% nos livros, dá vontade comprar todos. Aqueles livros que o romeu da Rio books vende por mais de R$100 aqui eu encontro todos, por pelo menos a metade do preço. Quase comprei um que contava a história da comunicação da Diesel (marca de roupas), e outro que era todo composto por fotógrafos famosos contando sobre como iluminavam as fotos.